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sábado, 2 de novembro de 2024

Ideal- Antero de Quental- David Machado

 Ideal- Antero de Quental- David Machado


Aquela que eu adoro não é feita

De lírios nem de rosas purpurinas,

Não tem as formas lânguidas, divinas,

Da antiga Vénus de cintura estreita…


Não é a Circe, cuja mão suspeita

Compõe filtros mortas entra ruínas,

Nem a Amozona , que se agarra às crinas 

Dum corcel e combate satisfeita…


A mim mesmo pergunto, e não atino

Com o nome que dê a essa visão,

Que ora amostra ora esconde o meu destino…


É como uma miragem que entrevejo,

Ideal, que nasceu na solidão,

Nuvem, sonho impalpável de Desejo…



Análise do Poema:

O tema deste poema é a idealização do amor ou  da mulher amada.


Nas duas primeiras quadras o "eu" lírico faz uma descrição da mulher amada, referindo aspetos que a mesma não possui. 

Já no primeiro terceto o poeta faz um autoquestionamento sobre o poder que a amada tem sobre ele e no seu destino.

No último terceto o sujeito poético refere a amada como um ser inalcançável.


Este poema é constituído por duas quadras e dois tercetos, logo é um soneto. É composto por rima emparelhada e interpolada nas quadras (ABBA)  (ABBA) e rima cruzada e interpolada no tercetos (CDC) (EDE) e contem versos decassilábicos.


Alguns recursos expressivos presentes neste poema são a comparação presente no verso 14 " È como uma miragem que entrevejo", dupla adjetivação no verso 3 "...lânguidas, divinas".


Recursos utilizados:


ChatGPT

Antero de Quental by Maria Furtado on Prezi



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